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O representante da família era o maior domus (o maior da casa), a historiografia atual o designa “prefeito” ou “conde do palácio” (maire du palais). Na verdade, eram esses homens que efetivamente governavam o reino franco. A ascensăo carolíngia ao poder deveu-se em grande parte ao seu sucesso militar. Entre os seus personagens, figura Carlos Martel, que no século VIII restabeleceu o domínio franco por toda a Gália, vencendo os Mulçumanos na batalha de Poitiers em 732. Para conseguir um exército concedeu aos seus guerreiros os domínios das dioceses e dos mosteiros. Seu sucessor e filho, Pepino, o Breve, devolveu esses domínios ao clero e, aproveitando-se do pedido de ajuda feito pelo Papa Zacarias contra os lombardos, fez-se proclamar rei em lugar do rei merovíngio, Childerico III, com o apoio papal. No entanto, precisava sacramentar sua realeza, deste modo, recebeu a unçăo dos bispos francos e, posteriormente, em 754 do novo pontífice Estevăo II que confere, ainda, ao soberano e aos seus filhos o título de patrícios dos romanos, em virtude da promessa de devoluçăo dos territórios ocupados pelos lombardos, o ducado de Roma e a Itália central. Pepino vence os lombardos e “restitui” ao pontífice romano o domínio dos territórios que formaram o Estado Pontifício. Essa concepçăo de um Estado da Igreja está intrinsecamente vinculada ao forjado documento conhecido por Donatio Constantini, datado entre 754 e 756, no qual o Imperador Constantino teria conferido ao Papa Silvestre I as insígnias e o poder régios do ocidente. O documento atribuía, ainda, supremacia papal sob Antioquia, Constantinopla, Jerusalém e Alexandria. Assim, o poder temporal do papa está assegurado e legitimado, visto que o falso documento explicava e justificava as pretensőes territoriais de Estevăo II. Para Daniel V. Ribeiro, a Doaçăo de Constantino sustentou o poder secular do papado, detentor da auctoritas espiritual procurava revestir-se, portanto, da dignidade imperial. A uniăo firmada entre o papado e o poder régio vislumbra o restabelecimento da unidade, porém tal vinculaçăo trouxe conseqüęncias decisivas para o processo histórico de cada uma das partes pela primazia. I.2- Carlos Magno Carlos Magno, filho de Pepino, submete por completo o poder dos lombardos e adota o título de “rei dos lombardos”. Conquista os saxőes e os força a converterem-se ao cristianismo. Derrota os mulçumanos estabelecidos na regiăo entre os Pirineus e o Ebro. Teve sob seu domínio toda a Gália e Península Itálica. No natal de 800, o Papa Leăo III proclamou Carlos Imperador do Ocidente, visando fortalecer seu próprio poder e, ainda, contar com os francos na defesa de seus territórios. A autoridade adquirida pelo novo imperador baseava-se na tradiçăo germânica, pois seus súbitos somente consentiam em obedecer a um soberano presente, os juramentos de fidelidade eram feitos ŕ pessoa de Carlos Magno, estabeleciam-se, assim, laços pessoais entre ele e seus súditos. O território submetido a Carlos Magno era excessivamente extenso para ser governado por um único homem, tudo comandado em pessoa. Por isso, ele dividiu o império em condados, onde um conde, representante do imperador, administrava, arrecadava os tributos e defendia os domínios régios. Para defesa do território, condes, bispos, abades e grandes proprietários ligados ao rei por um compromisso pessoal, convocam seus servidores armados e esses juravam fidelidade ao soberano, agora reconhecido também como senhor. Assim foi se consolidando o uso da vassalagem e da senhoria que se tornou o fundamento do feudalismo. É interessante notar que já neste contexto o exercício militar vai se configurando incompatível com o pequeno proprietário, que năo tem homens nem condiçőes econômicas de sustentar as despesas de guerra. Esta atividade bélica se tornou com o tempo a ocupaçăo mais honrosa e, a única digna de um homem da aristocracia. Durante a administraçăo de Carlos Magno, ele conseguiu, através de seu controle, manter em suas măos o poder efetivo, apesar do poder local de condes e bispos, que por determinaçăo do imperador, passaram a operar juntos. Para viagem de inspeçăo aos ducados que se realizava de quatro em quatro anos, iam um bispo e um conde, designados como missi domini (enviados do senhor). O imperador usava sua autoridade para que seus súditos obedeçam ŕs regras da Igreja, e o clero punha seu poder espiritual para assegurar que os fiéis se submetam ao monarca. A questăo é que as ordens do clero tornam-se tăo obrigatória como as do imperador e, está é a origem da confusăo dos poderes do papado e do poder régio. Segundo Daniel, a supremacia arriscada pelo episcopado baseia-se na doutrina gelasiana, confirmada no sínodo de Paris (829), de que a auctoritas eclesiástica é superior a potestas imperial, posto que o último é sagrado pelo primeiro e năo ao contrário. Carlos Magno, porém, soube controlar as divergęncias e submeter o poder clerical a sua deliberaçăo, o que năo aconteceu no reinado de seu filho Luís, o Piedoso. I.3- Da desestruturaçăo do Império ŕ formaçăo de reinos e principados. Seguindo um costume franco, Carlos Magno dividiu o império entre seus filhos, porém Luís foi o único filho que lhe sobreviveu. Assim o império foi mantido. Luís, o Piedoso assume o poder em 813, porém, ao contrário de seu pai, acaba engrandecendo o poder papal dentro da corte imperial, fazendo brotar o germe das futuras dissensőes. Em 817, o imperador estabelece, na Ordinatio Imperii, seu primogęnito, Lotário, como seu sucessor. Porém, em 823, nasce Carlos, o Calvo de seu segundo casamento com Judith, filha do Conde de Welpo. Era necessária uma revisăo na Ordinatio Imperii, o que desagradou inúmeros interessados que já haviam prestado juramento os tręs herdeiros, Lotário, Luís, o Germânico e Pepino. O imperador entra em guerra contra seus filhos e acaba por abdicar em 833. Carlos é excluído da sucessăo. A deposiçăo de Luís, o Piedoso é vista com indignaçăo por uma parte da populaçăo franca. Em 834, é novamente elevado ŕ dignidade imperial. De posse de seu poder atribui a Carlos o território da Áustria e Neustria. Luis, o Germânico e Lotário unem-se contra a decisăo de seu pai em 838, mesmo ano da morte do outro herdeiro, Pepino. Porém essa aliança dura pouco, pois, em 839 Lotário comparece numa Dieta realizada em Worms como protetor de Carlos. Todavia, quando Lotário recebe as insígnias imperiais, Luís, o Germânico e Carlos rebelam-se e derrotam ao irmăo. Os vitoriosos fomentam a nova aliança através do juramento de Estrasburgo (842). No ano seguinte os tręs irmăos firmaram o Tratado de Verdun, dividindo o território do Império Carolíngio. No qual ficou definido que Carlos, o Calvo receberia a regiăo que se estendia desde os Pirineus até as proximidades do Rodano, do Saöna e do Mora, ou seja, Francia Occidentalis. Luís, o Germânico deteve a Francia Orientalis, a leste do Reno e, Lotário que usava o título de Imperador e rei dos Lombardos, recebeu um corredor territorial compreendido da Frísia ŕ Campânia na Itália, entre as partes de seus irmăos. A divisăo do Império Carolíngio năo respeitou as diversidades culturais e lingüísticas das regiőes e, por isso os domínios destinados a Lotário, posteriormente, se desfizeram em vários reinos frágeis, alvo de disputas dos reinos vizinhos. Lotário falece em 855 deixando tręs filhos: Luis II, proclamado imperador em 850, conservou ŕ Itália; Lotário II, ficou com a Lotaríngia ou Lorena; Carlos recebeu a Provença e o ducado de Lion. Luis, o Germânico investe sobre Lorena, mas é obrigado a retirar-se por Carlos, o Calvo. Carlos da Provença lutou para manter seus domínios ameaçados pelos irmăos e pelo tio Carlos, o Calvo. Quando Carlos morre seu território é dividido entre Luis II e Lotário II, ficando o primeiro com a Provença. O segundo recebeu o ducado de Lion. Lotário II morre em 869 e Luis II herda seus domínios, porém devido a problemas na Itália com os sarracenos perde esses territórios para Carlos, o Calvo e Luís, o Germânico. O primeiro anexou a parte ocidental da Lorena Superior e Inferior e o ducado de Lion. O segundo vincula aos seus domínios a parte oriental da Lotaríngia. Essa divisăo territorial é legitimada no Tratado de Meersen, que Pirenne considera o fim do Império Carolíngio e, que é a partir dessa partilha que se contornam os territórios do reino da Germânia e da Francia Occidentalis. Enquanto o território do Império se desmembrava entre vários reinos, a própria autoridade se ia fragmentando. Antes do fim do século IX, proprietários de terra cediam parte dela, com os seus respectivos lavradores, a homens de guerra de sua confiança. Este costume aumentava muito a divisăo da autoridade, pois fragmentava entre vários guerreiros vassalos o poder do senhor sobre os rendeiros, visto como cada feodum se tornava um novo centro de autoridade. Os próprios reis apressavam o desmembramento. Năo apenas haviam fragmentado os seus poderes de proprietários dando pouco a pouco seus domínios quer ao clero, quer a condes, mas também concederam a bispos, abades e a grandes proprietários o privilégio chamado “imunidade”, o qual interditava a entrada nos domínios beneficiados para cobrança de determinados impostos. O enfraquecimento da autoridade dos soberanos carolíngios fez-se sentir quando começam a se constituir reinos e principados poderosos. Na primeira forma o poder régio é mera utopia, já a segunda formaçăo política encontrava-se, ainda, ligada ao soberano da regiăo em que se localizava. Para Jan Dhondt a verdadeira divisăo do Império Carolíngio năo está representada pela formaçăo de reinos, mas de principados territoriais, ducados e condados que, mesmo depois de longo tempo sendo acoplados a unidades estatais mais amplas, conservam um sentimento de unidade em sua populaçăo ainda em nossos dias, o autor cita os exemplos da Borgonha e Baviera. A formaçăo desses principados está vinculada a elementos culturais já existentes ou a uma administraçăo conjugada do território por um poder local. Citamos como exemplo, além da Borgonha e Baviera, a Aquitânia e a Normandia, sendo a última resultado das invasőes. O desmembramento dos territórios carolíngios tem a ver, além da apagada atuaçăo dos últimos soberanos da dinastia, com as invasőes dos séculos IX e X, de tręs povos diferentes, năo cristăos, os normandos, húngaros e mulçumanos. A liderança imperial mostrou-se ineficaz contra esses ataques. O sucesso dos invasores mostrava a extrema fraqueza militar da populaçăo, incapaz de se reunir em tropas bem organizadas e comandadas. Como resultado, o poder concentra-se, ainda mais, nas măos de aristocracias regionais incumbidas de defender seus domínios e a populaçăo ali residente. E, ainda, com a destruiçăo das cidades e mosteiros, saques, a insegurança foi tăo disseminada que os grandes proprietários de terras passaram a construir residęncias fortificadas em madeira envoltas por uma paliçada e uma fossa, que conservaram o nome latino castellum. Em văo tentou-se proibir a construçăo desses recintos fortificados que ameaçavam a autoridade central, pois se constituíam em unidades autônomas de poder, o despontar da Castelania. I.4- A formaçăo do Sacro Império Romano-Germânico O descontentamento com a fraqueza dos soberanos carolíngios frente ŕ ameaça normanda, leva ao poder Carlos, o Gordo, último filho de Luís, o Germânico, que tinha o título de imperial conferido pelo papa Joăo VIII. O novo soberano, que já governava a Germânia, detinha, agora, sob seu domínio os mesmos territórios que formaram o Império de Carlos Magno. Porém, năo atuou a altura da confiança nele depositada, permitindo que os invasores cercassem Paris por aproximadamente dezoito meses e ainda pagou-lhes tributo para que se retirassem. Tal atitude leva a sua deposiçăo na Dieta de Tribur em 887. Eudes, conde de Paris, assume o trono, porém sem ser reconhecidos em todas as regiőes. Com a deposiçăo de Carlos, o Gordo, o império volta a seu retalhado em seis regiőes que elegem seus governantes da aristocracia local: França, Lorena, Germânia, Borgonha, Provença e Itália. Os últimos soberanos carolíngios foram, aos poucos, perdendo o poder para a família e descendentes diretos de Hugo, o Grande, que passaram a governar efetivamente. A dinastia capetíngia inicia-se em 987 com Hugo Capeta, filho de Hugo, o Grande, ocupando o trono da Francia até 1328. Os Capetíngios estabelecem o direito de hereditariedade como critério para a sucessăo. Como legatário de Carlos, o Gordo, no reino da Germânia, assume Arnulfo de Caríntia, duque da Baviera. Combateu eslavos e normandos, apaziguou revoltas internas entre Francônia e Saxônia, conquistou a Lorena, enfrentou o duque de Guido de Espoleto e Berengário de Friul que disputavam entre si territórios na Itália, inclusive os Estados da Igreja, marchou sobre Roma (896) e derrotou os inimigos do pontífice Estevăo V, sendo laureado imperador. Após a morte de Arnulfo, a Saxônia é governada por Oto, o Ilustre, na Francônia surge a figura de Conrado I, da família dos sálicos, sucessor do último carolíngio a governar a Germânia, Luís, o Menino, filho de Arnulfo. O novo soberano é apoiado pela Francônia e Baviera, porém, a Saxônia, sob a direçăo de Henrique, filho de Oto, rebela-se. Com o falecimento de Conrado, Henrique da Saxônia, em 919, é eleito rei. Nasce com ele a dinastia dos saxônicos, que desfrutou um enorme prestígio remetendo aos gloriosos dias da dinastia carolíngia. Com o apoio dos ducados de Francônia e Saxônia o novo soberano passa a combater seus opositores: o duque da Baviera e o duque da Suábia. Henrique subjuga, primeiramente, Burcardo da Suábia consolidando seu poder sob esta regiăo. Com Arnulfo da Baviera, Henrique tem mais trabalho e, mesmo submetido, o duque dessa regiăo continua com uma autonomia maior que seu colega da Suábia. Aproveitando-se de lutas internas na França, Henrique I estende seu poder sobre a Lorena e consolida-o casando sua filha com o duque do lugar, assim, o reino germânico contou com mais um ducado. Henrique teve que enfrentar uma série de invasőes em seus territórios, porém, com a construçăo de muralhas e fortalezas e com aperfeiçoamento do exército pode garantir ao seu filho, Oto I, um Império vasto e poderoso. Antes de morrer, Henrique I, em 936, indica para sucessor do trono o seu filho Oto I, o qual é eleito numa assembléia de saxőes e francônios. O reinado de Oto I tem como características: controle dos ducados, e para tal colocava a frente destes membros de sua família; desconfiança em relaçăo a aristocracia laica devido as divergęncias internas; favorecimento do clero em detrimento a aristocracia, mantendo assim, uma forte aliança entre monarquia e Igreja. As lutas internas foram uma constante em seu reinado. A forte autoridade central fomenta diferentes reaçőes nos ducados e marcas que vivem em levante contra Oto. Entretanto, este as rechaça tornando-se cada vez mais forte. As disputas entre Luís IV e Hugo, o Grande impedem o fortalecimento da Francia occidentalis, assegurando a hegemonia germânica. Os domínios do reino viviam sob constante ameaça de invasăo pelos povos vizinhos, húngaros e eslavos, contudo Oto I infligiu-lhes profundas derrotas. O que corrobora para o aumento de prestígio do mesmo. Convidado a intervir em querelas italianas, o rei saxăo, invade a Itália em 951 e é ungido imperador, pelo papa Joăo XII, em 962. Entre o imperador e o sucessor de Săo Pedro é firmado um pacto, Privilegium Ottonis, tratando das concessőes territoriais feitas pelo primeiro ŕ Igreja e, da afirmaçăo da autoridade imperial, inclusive sobre o processo de escolha do pontífice. Esta relaçăo entre o monarca e a Santa Sé foi um dos fatores essenciais para o ęxito de Oto. A troca de favores entre eles remete a uma relaçăo similar existente no Império de Carlos Magno: onde o baluarte eclesiástico foi indispensável para a sustentaçăo da autoridade régia. É notório que a idéia imperial, neste século X, é retomada visando a restauraçăo do Império Carolíngio. Porém, os territórios sob o domínio dos Otonianos estendiam-se da Francia Orientalis ŕ Itália, ficando exclusa a Francia Occidentalis, governada pela dinastia dos capetíngios. Configura-se agora o Império Romano-Germânico ou Sacro Império Romano-Germânico (o último termo surgiu no século XIII). A extinçăo do costume de herança divisível permitiu que esse império ultrapassasse a Idade Média. Quando a dinastia Otoniana sucumbiu, em 1024, foi sucedida pelos salianos até 1125 e, a partir daí, pelos Hohenstaufens até 1254. Como critério de sucessăo, o Império optou pela monarquia eletiva, um procedimento pelo qual um colegiado de sete eleitores escolheria o futuro imperador, porém, na prática era eleito o herdeiro da dinástica, tornando cáustico o processo para preencher a vaga do trono. Na dinastia sálica um personagem é de extrema importância, Henrique IV. Foi um reinado que teve como linha de direcionamento a discórdia entre vários segmentos da sociedade. Primeiramente o clero, pois o soberano pediu a anulaçăo de seu casamento que é rejeitada pelo papa Alexandre II; rompeu com a política complacente de seus antecessores com relaçăo os feudos eclesiásticos; opôs-se a aliança da Santa Sé com os normandos estabelecidos no sul da península itálica (Normandia); lutou contra a política de independęncia papal com relaçăo ao poder imperial, ou seja, a questăo da investidura leiga. Henrique IV enfrentou, também, oposiçăo da Saxônia e da Baviera e, do poderoso duque de grande influencia na Itália Central, Godofredo, o Barbudo. Capítulo II: Da Querela das Investiduras ŕ distinçăo entre temporalia e spiritualia Antes de relatar a querela das investiduras, uma rápida análise da situaçăo política na península itálica. Desde Arnulfo de Caríntia que a regiăo é disputada entre grandes famílias de Provença, Friul, Espoleto, Benavento, Lombardia entre outras. Năo havia uma unidade nem poder central forte. O papado buscava apoio nos soberanos da Francia e da Germânia, para acalmar as disputas internas e garantir o domínio de suas possessőes. Os esforços de vários governantes para manterem o controle da Itália conduziram a uma série de disputas com as regiőes independentes e poderosas do norte da península e com o papado, que tentava assegurar a “liberdade da Igreja” contra a interferęncia secular. As disputas com os papas levaram os imperadores a insistir no reconhecimento dado por Deus ŕs suas próprias posiçőes. Segundo comentário de Daniel, o papado tinha resistęncias no campo político e dentro de seu próprio meio eclesiástico, assim, procurou assumir o controle e impedir a açăo isolada dos bispos submetendo-os ŕ sua autoridade e, com relaçăo ao monarca procurou afirmar sua supremacia moral sobre o mesmo. A autor relata que a investidura leiga levou a um declínio da vida espiritual, visto que os bispos eram recrutados nas famílias aristocráticas, năo estavam preparados para lutar contra os vícios do clero e, ainda, sendo designado pelo rei, recebendo dele o bispado, tornava-se uma espécie de vassalos reais. Com a deterioraçăo da relaçăo entre o bispado e o papa e falsa moral que se instalou, a Igreja começou-se a perceber que esta instituiçăo precisava de reformas para alterar a conduta ética do clero e libertar-se da tutela leiga. A Igreja queria ver-se livre da questăo da investidura episcopal pelo poder régio, o que ia contra os interesses eclesiásticos e deixava o poder da Igreja em “xeque”. Neste contexto despontam duas figuras de extrema importância: o Imperador Henrique IV como expoente do poder temporal e o papa Gregório VII, luminar do poder espiritual. Com a morte do Santo Padre Alexandre II, o cardeal Hildebrando é aclamado pelo povo e eleito pelos cardeais, subindo a cátedra de Săo Pedro com o nome de Gregório VII. O novo pontífice está determinado em acabar com a investidura leiga, libertar o clero de todo jugo, que năo o da Igreja, para assim, sob a direçăo da mesma, dirigir diversas atividades da sociedade, além de querer submeter todas as sés ŕ um único poder: o Papado. Um acordo entre o Henrique IV e Gregório VII torna-se cada vez mais impossível. Sendo quase uma questăo pessoal. Gregório năo confia em Henrique para consumar seus projetos de reforma. O embate começa em 1075 quando o papa renova a interdiçăo da investidura leiga, porém, apoiado na tradiçăo, Henrique IV continua a nomear bispos. Gregório acusa-o de desobedięncia e o Imperador reúne o sínodo de Worms para despojar o papa, que, em resposta, excomunga-o pela primeira vez. Năo querendo perder o apoio papal, Henrique reconcilia-se com Gregório VII, mas logo após volta a confabular contra o papa que novamente o excomunga. O soberano elege um antipapa, Clemente III. O golpe germânico é difícil para o papa que se vę as voltas da invasăo da Itália pelo imperador, é exilado em Salerno onde falece. Com Gregório VII surge uma nova ideologia que reconhece a Igreja como fonte de todo o direito. Tal concepçăo de poder teocrático tem base no Dictatus Papae. O documento possui 27 preposiçőes que legitimam e garantem o poder e autoridade papal. Porém, tal autoridade é espiritual e parte da condiçăo de dirigente da Igreja, a quem os cristăos, inclusive o imperador, devem obedięncia. A reforma gregoriana reforça o embate entre os domínios temporais e espirituais, que permanecem latentes por toda a Idade Média. Após o pontificado de transiçăo de Vítor III, assume como o sucessor de Săo Pedro, Urbano II, que mantęm a política de Gregório VII, enfrentando o imperador Henrique IV com energia e habilidade. Segundo Cuvillier, Urbano II aprofunda a idéia de invencibilidade da Igreja, mobilizando forças políticas contra Henrique IV, inclusive o filho do mesmo, Conrado. Urbano II convoca as Cruzadas, que tem por objetivo, para Daniel, aliviar as tensőes, atenuar a expansăo demográfica e conquistar riquezas e terras para o ocidente. O imperador sucumbe na batalha em 1106, mas a discussőes presididas por ele continuam com Henrique V e Pascal II que, para Cuvillier, nada mais querem senăo uma distinçăo clara entre os domínios espirituais (spiritualia) e temporais (temporalia). O mesmo autor coloca que o Imperium passa, neste contexto, a ser definido como uma monarquia (regnum), ligada eternamente a Igreja romana, reforçando a ordem divina e, estendendo seu manto régio sobre Roma. Desta maneira é definido o campo de atuaçăo espiritual e temporal, ou seja, a soberania do imperador sobre seus domínios territoriais, recusada por Roma, e a proteçăo do mesmo, necessária para o pontificado, a quem compete dirigir a vida espiritual. Do texto L’Allemagne Médiévale, transcrevemos a seguinte citaçăo traduzia para o portuguęs: “A alegoria das “duas espadas” era agora interpretada em Roma no sentido absoluto de uma partilha da jurisdiçăo do mundo. O imperador năo era entăo apenas soberano, por ser investido diretamente por Deus, mas também enquanto detentor de funçőes derivadas de um pacto tácito, feito com os representantes mais legítimos de seus súditos. O controle superior da justiça sendo, por sua vez, da competęncia do papa”. Daniel também remete a mesma idéia que cada poder guarde-se dentro de sua jurisdiçăo. Introduçăo Com base nos textos: Igreja e Estado na Idade Média, de Daniel Valle Ribeiro; La Alta Edad Media de Jan Dhondt e D’Allemagne Médiévalle de Jean-Pierre Cuvillier , além de outras obras complementares, procuramos trabalhar a desestruturaçăo do Império Carolíngio e o surgimento do Sacro Império e, de que maneira isto se processou. Iniciamos com a formaçăo do Império carolíngio; como esta dinastia subiu ao poder; a maneira pela qual consolidou-se no trono e, quais foram as bases que fizeram deste um grande império. Bases estas năo muito sólidas, visto que esse começou a ruir com a morte de seu grande representante: Carlos Magno. Partindo disto, trabalharemos de maneira mais ampla a desestruturaçăo, como ela acelerou-se após o Tratado de Verdun e, no que ela acarretou, visando mostrar como das ruínas do antigo Império nasce o Sacro Império Romano-Germânico. Analisada a origem deste novo Império, mostraremos como ele se consolidou e veio a tornar-se o maior Império no ocidente no lapso cronológico tratado. A relaçăo Estado-Igreja será outro tema trabalhado, revelando as disputas pelo poder entre os dois. Citaremos, entre as muitas brigas, as Querelas das Investiduras, que foi de longe a mais importante sendo, a primeira a tentar definir de maneira concreta os papéis temporais e espirituais do Império e de Roma. Abordando tais assuntos procuraremos relacionar o Império Carolíngio, sua desestruturaçăo e o surgimento do Império Germânico através do viés político, que é de suma importância para compreender o processo culminando no feudalismo. Conclusăo Após percorrermos os caminhos tortuosos da história do Império Carolíngio até o Sacro Império Romano-Germânico chegamos as várias conclusőes. Uma delas é que o Império Carolíngio fez despontar em seu ventre os elementos que serviram de base para a estruturaçăo do Feudalismo, sistema este que marcou a Idade Média. A relaçăo entre o Estado e a Igreja estreitou-se sobre a égide de Carlos Magno, contudo o poder deste é que vigorou dentro desse vínculo. As dissensőes entre a autoridade imperial e o papado surgem, justamente, dessa relaçăo intima entre os dois poderes que se misturam e acabam por se confundir, chegando mesmo a tornarem-se um híbrido dificultando concluir onde termina um e começa o outro. A soluçăo encontrada foi esta: săo poderes complementares, porém com funçőes diferentes. A partir do analisado podemos também concluir que a desestruturaçăo do Império Carolíngio tem inúmeras causas, porém convęm comentar as seguintes: a extensăo territorial do império dificultava a administraçăo e, por conseqüęncia causou a hierarquizaçăo do poder, que foi planejada no intuito de organizar e facilitar o controle central, porém acabou revelando-se imprópria, na medida que fragmentou a autoridade, enfraquecendo o poder régio. A extensăo do território já caracteriza a existęncia de diferenças culturais e lingüísticas na regiăo, ponto de importância, pois durante o processo de desestruturaçăo muitas regiőes acabaram tornando-se independentes ou tendo sempre certo caráter autônomo e rebelde. Além de tantos entraves, um costume franco contribui de maneira decisiva na história do Império: tratar os territórios imperiais como possessőes familiares, ou seja, com a morte do governante os domínios eram divididos entre os herdeiros. Esta tradiçăo debilitou sobremaneira o Império, o mesmo sendo dividido e redividido várias vezes, trazendo como conseqüęncia desfalecimento da autoridade central e disputas pelo poder intermináveis. O Sacro Império Romano-Germânico reviveu o conceito de império legado pelos romanos, pois recuperou o caráter universal do mesmo. Neste santo império a soberania tem origem no poder papal, mas é exercida pelo imperador. Ambos representam, juntos, a autoridade de Deus na terra. A universalidade do Império Romano é restabelecida pelos germânicos, com um caráter muito mais cristăo, trazendo novamente o conceito do Império Cristăo: Um Deus, Um Imperador e Um Império. E, por fim, podemos observar que o fator político neste processo foi um dos mais importantes, visto que as cisőes internas, divisőes territoriais e a fragmentaçăo da autoridade causaram todo o desenrolar da história analisada durante este trabalho. REFERĘNCIA BIBLIOGRÁFICA TEXTOS INDICADOS: RIBEIRO, Daniel Valle, Igreja e Estado na Idade Média. DHONDT, Jan, História Universal: La Alta Edad Media, Volume 10. CUVILLIER, Jean-Pierre, L’Allemagne Médiévalle, Paris: Bibliothéque Historique, 1979. BIBLIOGRAFÍAS CONSULTADAS: HALPHEN, Louis, Calomagno y el Imperio Carolingio, México: Unión Tipográfica Editorial Hispano Americana, 1955. PIRENNE, Jacques, As Grandes Correntes da História Universal, Volume II, Portugal: Sociedade de Intercâmbio Cultural Luso-Brasileiro, sd. VALENTIN, Veit, Historia de Alemania, Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1947. GIORDANI, M. C., História do Mundo Feudal, Petrópolis: Vozes, 1974.  A dinastia recebe essa denominaçăo devido a um possível antepassado chamado Meroveu.  “Privada do seu governo, a dinastia merovíngia, que por si própria nada representava, soçobrou no meio dos dramas palacianos. A aristocracia latifundiária apoderou-se do poder. A família franca dos Carolíngios, ... , era a mais poderosa da Austrásia. Ao cabo de violentas lutas intestinas, tomou no governo uma posiçăo dominante, e os Carolíngios exerceram ao lado do rei, como maires du palais, autoridade quase soberana.” As Grandes Correntes da História Universal, pg. 24.  “Nunca, en ningún momento de su historia, apareció más débil ni más próximo a la ruina el reino cuyo gobierno tenía Carlos en sus manos. Pero el mayordomo de palacio no carece ni de osadía ni de carácter enérgico,..., obliga os bávaros a someterse, ..., son contenidos ... los sajones, ..., somete a los frisones ... Sus victorias sobre los musulmanes, en especial la de Poitiers, dieron al mayordomo de palacio prestigio y autoridad en toda la Galia ... Carlos actúa como seńor absoluto, legislando, haciendo justicia, disponiendo a su antojo de las sedes episcopales o abaciales y de los bienes de las iglesias, que distribuye entre sus fieles a cambio de sus servicios ...” Carlomagno y El Imperio Carolingio, pg. 4-6. “Ao sagrar o rei, a Igreja aparenta demonstrar a todos sua preeminęncia e a perfeita identificaçăo do monarca com os padrőes da vida cristă. Mas, ao conferir dignidade a uma autoridade usurpada, busca apoio em momento político especialmente difícil para ela. Desse modo, a sagraçăo é a um só tempo fator de fortalecimento e de limitaçăo do poder real.” Igreja e Estado na Idade Média: A Igreja e o Império Carolíngio.  Significa “protetores da cidade e da populaçăo de Roma”. Igreja e Estado na Idade Média: A igreja e o Império Carolíngio.  “Territorial e dinástico, o Estado carolíngio visa a conquista de territórios. A anexaçăo dos Lombardos da Itália, que fez com que Roma passasse a estar sob o protetorado político de Carlos Magno, a Saxe e da Baviera, a derrota dos Avaros, que foram fixados no Danúbio, fizeram do reino franco um imenso império talhado em plena Europa bárbara e pagă. A conversăo forçada das populaçőes sucedia ŕ conquista. A cristandade ia-se estendendo pela Europa fora ao mesmo tempo que as armas francas”. As Grandes Correntes da História Universal, pg. 27.  “... el dominio papal peligraba en la propia Roma por efecto de las disputas internas entre las poderosas facciones ciudadanas. Estas luchas fueron las que indujeron al papa Léon III, cuya vida se hallaba amenzada por sus adversarios romanos, a intentar asegurarse el apoyo ilimitado de Carlomagno, y, para ello, le coronó emperador la noche de Natividad del ańo 800”. História Universal: La Alta Edad Media, pg. 76.  “Desde el punto de vista político, la unidad a que se desea llegar queda asegurada por el más fuerte de todos los vínculos, por el juramento de fidelidad que adscribe individualmente al emperador a todos los habitantes del Imperio del sexo masculino desde que cumplen dos doce ańos ... El juramento de fidelidad implicaba, pues, una sumisión sin reserva a la voluntad del emperador. Toda desobediencia, todo engańo y aun toda tentativa de realizarlo, equivalia a una violación de ese juramento. Difícil seria encontrar docilid más absoluta”. Carlomagno y el Imperio Carolingio, pg. 122-124.  “Carlos Magno lançou uma estrutura política sobre as tribos bárbaras da Germânia; deu aos marqueses ŕs marchas militares e duques aos ducados, os quais representavam a soberania imperial; criou uma aristocracia latifundiária de grandes senhores laicos e religiosos”. As Grandes Correntes da História Universal, pg. 28.  “... en una capitular del ańo 805, Carlomagno no vacila en colocar en el mismo plano el juramento de fidelidad del vasallo y el juramento de fidelidad del súbdito a su rey, para seńalar que son los dos únicos tipos de juramento de fidelidad válidos ... los vasallos reales ocupan, al lado de los condes, puesto de mando en los ejércitos de Carlomagno y que, sin someterse a los condes, en caso de movilización conducen directamente a la hueste los contingentes de sus propios vasallos y de todos los movilizables que dependían de ellos”. Carlomagno y el Imperio Carolingio, pg. 148-154  “A instituiçăo dos missi dominici, de tăo grande importância para a unidade do Império, desapareceu da Francia Orientalis já na metade do século IX. Na Francia Occidentalis praticamente deixa de existir depois de Carlos, o Calvo”. História do Mundo Feudal, pg. 112.  “Declara que o príncipe recebe seu poder de Deus, de acordo com o que afirmara Gelásio ... Contudo, os bispos interpretam de maneira confusa o texto gelasiano, ao concluir que apenas a Igreja detęm a verdadeira soberania”. Igreja e Estado na Idade Média: Emergęncia e fortalecimento do poder eclesiástico.  “Sob Carlos Magno a preeminęncia do poder do Estado năo era discutida. Sob o reinado de Luís , o Piedoso, o episcopado inspira e controla a política”. Igreja e Estado na Idade Média: Emergęncia e fortalecimento do poder eclesiástico.  “... dictó en el ańo 817 una constitución unitaria para el imperio: una ley sucesoria que posteriormente habría de causar la profunda irritación de todos sus hijos, con excepción del primogénito y heredero, Lotario I”. História Universal: La Alta Edad Media, pg. 67-68.  “ ‘Pelo amor de Deus e pelo povo cristăo e nossa comum salvaçăo a partir de hoje, na medida em que Deus me der saber e poder, eu socorrerei esse meu irmăo Carlos ... e năo terei jamais com Lotário nenhuma audięncia que, por minha vontade, possa ser prejudicial a meu irmăo Carlos aqui presente’ Quando Luís terminou, Carlos repetiu a mesma fórmula....” História da Mundo Feudal, pg. 120.  “O Tratado de Meersen, em 870, partilhou-a (Lotaríngia) entre a França, a Germânia e a Itália, seguindo a fronteira lingüística, que era também uma fronteira social. Desde entăo, o império achava-se desfeito”. As Grandes Correntes da História Universal, pg. 30. “No sin esfuerzo pudo finalmente llegarse a un entendimiento en Meersen, en donde los dos monarcas se entrevistaron el 8 de agosto del 870: el reino de Lotario fue partido en dos, de norte a sur, por una línea de trazado bastante complicado que dejaba a Luis Aquisgrán, Colonia, Tréveris, Thionville, Metz, Maguncia, Alsacia y la región del Jura, y a Carlos, las comarcas occidentales”. Carlomagno y el Imperio Carolingio, pg. 309.  Termo de origem germânica que apareceu no fim do século IX sob a forma latina fevum ou feodum significando estabelecimento.  “... el poder central había dejado de existir, porque los príncipes de la casa carolingia habían tenido que hacer demasiadas promesas durante la lucha y repartir demasiados dominios y feudos a los nobles y sus vasallos”. História Universal: La Alta Edad Media, pg. 69.  “... un privilegio por el cual un patrimonio quedaba substraído a la acción de los agentes ordinarios del rey ... Ningún funcionario público ... ‘podrá, en lo sucesivo, penetrar’ en los dominios del beneficiario, ni ‘para administrar allí justicia, ni para cobrar multas, ni para reclamar fiadores, ni para hospedarse allí, o pedir prestaciones, ni para recaudar impuestos o rentas, ni para ejercer cualquier coacción sobre los habitantes libres o no libres”. Carlomagno y el Imperio Carolingio, pg. 145.  “... la incapacidad de la dinastía para proteger eficazmente a sus súbditos. La necesidad de seguridad y protección condujo a que la lealtad profesada hasta entonces a la dinastía fuese tributada a los nobles que asumieron la defensa regional. La dinastía perdía con ello su papel esencial”. História Universal: La Alta Edad Media, pg. 71.  “Eudes, filho de Roberto, o Forte, notabilizara-se, ..., na defesa de Paris contra os normandos ... Os dez anos de reinado de Eudes caracterizam-se: pela preocupaçăo em obter o reconhecimento da parte dos demais soberanos carolíngios,..., pela luta contra os normandos, ..., pela oposiçăo dos legitimistas favoráveis ŕ coroaçăo de Carlos, o Simples”. História do Mundo Feudal, pg. 134-135.  “Con la subida al trono de Enrique I, Sajonia, que un siglo antes aún era un país pagano, se convirtió en la fuerza dirigente en Alemania”. História Universal: La Alta Edad Media, pg. 83  “La situación geográfica de Lorena entre este país y la incipiente Alemania la obligaba a oscilar del uno para al otro lado. De momento Enrique renunció a Lorena en aras del reconocimiento por parte del primo franco occidental de la estirpe carolingia. Mas luego aprovechó la debilidad de esta dinastía para reducir a Lorena y someterla”. Historia de Alemania, pg 27.  “Otón I, el Grande, fue el fundador Del imperio alemán ... era duque de Sajonia, pero alcanzó también el poder en los restantes ducados alemanes: Baviera, Francônia y Suabia. Permitió la subsistencia de los antiguos ducados, pero los sometió por completo al poder central ...” História Universal: La Alta Edad Media, pg. 85.  “O poder do rei da Alemanha, imposto ŕs tribos germânicas pelos reis francos, mantinha-se unicamente graças ŕ unidade que lhe era dada pela Igreja, unidade que fazia da Alemanha o Estado mais vasto da catolicidade. Eis porque a dignidade imperial, restabelecida em 962 em favor de Otăo I, foi definitivamente ligada pelo papa Joăo XII ŕ coroa da Alemanha”. As Grandes Correntes da História Universal, pg. 34-35.  “No cesaropapismo germânico, reediçăo dos tempos de Calos Magno, o papa ocupa o segundo plano.” Igreja e Estado na Idade Média: O Imperador e o Papado.  “Rei da Alemanha e da Itália, dispondo do protetorado sobre a Polônia, a Boemia e a Hungria, faltava a Otăo, para reconstituir de facto o poder universal que Carlos Magno possuira, restabelece-lo na França”. As Grandes Correntes da História Universal, pg. 35.  “... Otăo, para se afirmar como sucessor dos imperadores de Roma, deu aos seus Estados a designaçăo de ‘Santo Império Romano’ .”. As Grandes Correntes da História Universal, pg. 35.  Através de um decreto de Nicolau II, em 1059, ficou determinado que a eleiçăo papal seria feita pelos cardeais exclusivamente.  “C’est á un gloriosus rex, qui semble s’ętre departí de sa supervía, que sont preséntés les Dictatus Papae. Le texte en est ŕ juste titre considéré de nos jours par les historiens comme l’index d’une colletion de canons définissant, ŕ l’usage des papes, leur propre primauté et les privilčges généraux de l’Eglise romaine.” L’Allemagne Médiévalle, pg. 304.  “Desde sua ascensăo ao trono Henrique V năo deixara de manifestar a Pascoal II sinais de filial respeito. Na realidade essa atitude escondia suas verdadeiras intençőes, pois, na questăo das Investiduras, o seu ponto de vista de modo algum diferia do que era defendido por seu pai ... Pressionado pelas ameaças de Henrique V, Pascoal II consente em ceder ao soberano o privilegio da investidura leiga ... Mas o privilegio arrancado ŕ força provocou uma enorme reaçăo em toda a cristandade ...” História do Mundo Feudal, pg. 279-280.  Esta citaçăo encontra-se na pg. 318. 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